segunda-feira, 25 de julho de 2011

Amar é humano


Outro dia eu escrevi no facebook que o amor faz o homem.
Escrevi assim mesmo: “o amor faz o homem”. Ponto.
Era uma brincadeira, um jogo de palavras com o filme “A mulher faz o homem”, de Frank Capra, lançado em 1939. Eu já tentei ver este filme umas três vezes e nunca cheguei ao final.
Mas, detalhes à parte, minha intenção era dizer que o amor é que pode edificar, construir e colocar alguém pra cima. Homem, neste contexto, era o ser humano. Na hora em que eu estava postando, ainda pensei em escrever: “O amor faz o humano”. Mas na minha percepção ia ficar muito científico. Optei pelo jeito menos politicamente correto.
“O amor faz o homem”.
É isso mesmo. Homens e mulheres e crianças.
Minha frase humanista despertou alguns comentários. Uns disseram que homem faz sexo e mulher faz amor. Outros, lembraram que somente na maturidade homens fazem amor. Outros destacaram que o amor faz o homem e a mulher também.
Tudo isso é verdade.
Sexo, amor, desejo..... homens e mulheres são movidos e removidos por isso.
Mas eu, em meu momento talvez mais altruísta, queria lembrar que é preciso ter amor no coração. Meio adolescente, né? Daqui a pouco esta frase estaria ao lado daquelas ilustrações meio pálidas dos papéis de carta que eu colecionava com dizeres na melhor porção “amar é....”
Então me veio a ideia de que estou fora de foco, fora do eixo das coisas gerais.
Eu queria dizer mesmo que sinto falta de gentileza nas ruas, de amor próprio nas pessoas e de compaixão no coletivo.
No coletivo mesmo.
Andando de ônibus e de metrô é que a gente vê como estão mal-amados nossos compatriotas. Ou mal-educados.
Um festival de impropérios, de xingamento, de infelicidade.
Pra mim, isso é falta de amor. Ok, sou meio Poliana.
Falta dinheiro, emprego, falta igualdade e justiça social. Falta.
E eu me sinto ainda menor diante desses argumentos. Que ninguém pode ser feliz se não tem distribuição de renda, etc e tal. Sinto isso também, claro!
Mas me dá licença de voltar a falar do amor? Aquele que tira o fôlego, aquele que embala o bebê, aquele que aumenta a expectativa de vida, aquele que faz das pessoas menos máquinas.
E nesse aspecto, eu não falo nada de novo.
Já dizia o poeta: fundamental é mesmo o amor....
E nos três pontinhos finais, fica a opinião alheia.

2 comentários:

Maíra disse...

Concordo plenamente, Mana!
Lindo texto!
Bjooo

Germana Accioly disse...

Eita Ma!!!! que bom te receber aqui :) b]venha sempre!! beijo

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