Andar pelo Recife e encontrar as figuras de Abelardo...
É como encontrar uma paisagem amiga. As figuras que ilustraram meu universo infantil, que mapearam meu afeto e que construíram em mim o amor pela cidade que nasci.
No parque 13 de Maio, os violeiros quase tocavam pra mim, quase entoavam canções.
Dos escorregos também desenhados por Abelardo eu brincava silenciosamente com os cantantes de concreto.
Artistas populares imensos, quando eu olhava do alto dos meus cinco anos. Expressões verdadeiras no rosto. Hoje passei na frente das esculturas e elas cantaram pra mim.