Sexta-feira santa.
A mensagem maior é a do amor.
E como me disse um amigo hoje pelo wa: "nestes tempos de ódio, é bom andar amado".
É imprescindível, eu diria.
Então alguém bate à porta da minha casa. Jomard Muniz de Britto. Ele nos traz um texto.
Um poema.
Uma homenagem, talvez.
Viva os Aguaçã, que nasceram da teimosia do amor.
O amor, este sentimento insistente....
Jomard nos traz um poema sobre nós.
Nenhuma palavra, exceto as dele, podem nos traduzir hoje.
Mais amor, por favor!
Obrigada, Jomard!
sexta-feira, 25 de março de 2016
quarta-feira, 23 de março de 2016
Baobá
Eu sonho em ser o Baobá da Praça da República.
Impávido. Imponente. Sereno.
Inatingível e sobrevivente.
Eu quero ser o Baobá. Ser a raiz, seu tronco imenso e solitário.
Meus galhos para o céu adornam o azul, quando sol.
Abrigam os pingos do cinza.
Sou um baobá.
Tenho certeza.
Passo pela praça da república e desejo imensamente ser a árvore forte.
Estou quase sendo um baobá.
O imenso vazio que há dentro de cada um é como meu coração.
Estar vazio não é de todo ruim.
Antes vazio que cheio de dor.
Desejo ser o baobá que não cede às chuvas, que não curva diante da tempestade.
Na minha pretensão, desejo. Rogo. Imploro.
Por esta placidez. Por esta imensa vida soberana.
Qual nada!
Não passo de uma erva daninha que, simbiótica, fofoca embaixo da sua sombra com raízes superficiais.
Sou a pequena folha que cai no final da tarde e flana pelos jardins ao sabor do vento.
E, pequena que sou, sonho grande.
Sim, quem sabe um dia, serei um baobá....
Impávido. Imponente. Sereno.
Inatingível e sobrevivente.
Eu quero ser o Baobá. Ser a raiz, seu tronco imenso e solitário.
Meus galhos para o céu adornam o azul, quando sol.
Abrigam os pingos do cinza.
Sou um baobá.
Tenho certeza.
Passo pela praça da república e desejo imensamente ser a árvore forte.
Estou quase sendo um baobá.
O imenso vazio que há dentro de cada um é como meu coração.
Estar vazio não é de todo ruim.
Antes vazio que cheio de dor.
Desejo ser o baobá que não cede às chuvas, que não curva diante da tempestade.
Na minha pretensão, desejo. Rogo. Imploro.
Por esta placidez. Por esta imensa vida soberana.
Qual nada!
Não passo de uma erva daninha que, simbiótica, fofoca embaixo da sua sombra com raízes superficiais.
Sou a pequena folha que cai no final da tarde e flana pelos jardins ao sabor do vento.
E, pequena que sou, sonho grande.
Sim, quem sabe um dia, serei um baobá....
terça-feira, 15 de março de 2016
quando Naná se encantou
Ah,meu filho! Quando a gente emudece, é urgente que alguém nos traduza, que alguém nos ajude a tirar do peito o bloqueio que um grande choque pode provocar. Sabe-se lá porque, somente agora vi teu texto. Talvez, a providência. A dor pelo encantamento de Naná, eu guardei.
Agora, ligada a você pelos satélites e pelas redes, sinto uma maré leve me encharcando... a maré que nos inunda aos poucos. A força necessária que a dor provoca, pra depois ser saudade, ou lembrança, ou nostalgia... No caso de Naná, eu pergunto: será que vai quem tanto deixou? beijo. Eu aqui no Atlântico. Você, no Ártico.
Agora, ligada a você pelos satélites e pelas redes, sinto uma maré leve me encharcando... a maré que nos inunda aos poucos. A força necessária que a dor provoca, pra depois ser saudade, ou lembrança, ou nostalgia... No caso de Naná, eu pergunto: será que vai quem tanto deixou? beijo. Eu aqui no Atlântico. Você, no Ártico.
Você, meu tradutor:
"Ver Naná no palco era sentir tudo que a nossa cultura pode proporcionar. Um mestre que fez o mundo se ajoelhar às suas alfaias, berimbáus, gonguês, abês, ganzas e o que mais colocassem nas mãos de Naná. Já dizia Otto que "o celular de Naná é a Lua, e a Lua é o celular de Naná". Ele não era desse mundo. Hoje suas baquetas repousam sobre o couro das alfaias, mas o estridor do seu batuque reverberará para sempre no Recife, em Pernambuco, no mundo... na Lua.
Vai ser difícil ir pro Marco Zero numa sexta-feira de Carnaval e não ter o Mestre Naná para reger os mais de 500 batuqueiros de maracatu. Obrigado por tudo, Naná! A Cultura Pernambucana vivia em você, e agora você vive na nossa cultura, eternamente."
Vai ser difícil ir pro Marco Zero numa sexta-feira de Carnaval e não ter o Mestre Naná para reger os mais de 500 batuqueiros de maracatu. Obrigado por tudo, Naná! A Cultura Pernambucana vivia em você, e agora você vive na nossa cultura, eternamente."
( Para Dante Aguaçã, meu prólogo ao seu texto)
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