Cheiravam a jasmim as rosas mesquita.Ela passava a mão sobre sua pétalas amarelas, pequeninas, sem temer os espinhos. Um olhar mais atento e todo o ambiente cheirava a jasmim. Um perfume persistente. Distante, começava a sentir a chuva chegando. Um tropel firme e seguro, compasso bem marcado chegando pelos telhados vizinhos.
Antes fossem a salvação.
E o jasmim agora compactua com o agreste da terra batida molhada. A água sobre sua cabeça martela a mesma cantiga.
Entorpecida, já no limite da razão, despenca no chão. As longas tábuas do assoalho dançam sinuosas.
Sonha novamente seus sonhos de menina, fitas no cabelo. Relembra os planos ainda muito jovem. Nenhuma conexão com a vida.
Nenhuma ponte, nenhuma palavra em comum.
Vive-se mais no último instante. Vive-se, pelo menos. É a última chance.
Sono, muito sono. Certamente são os últimos momentos.
Olhar fixo nas telhas de argila. O teto vai subindo. Sumindo.
E o cheiro do jasmim resiste. Domina as frágeis roseiras.
Faz seu corpo descansar pela última vez.
Antes fossem a salvação.
E o jasmim agora compactua com o agreste da terra batida molhada. A água sobre sua cabeça martela a mesma cantiga.
Entorpecida, já no limite da razão, despenca no chão. As longas tábuas do assoalho dançam sinuosas.
Sonha novamente seus sonhos de menina, fitas no cabelo. Relembra os planos ainda muito jovem. Nenhuma conexão com a vida.
Nenhuma ponte, nenhuma palavra em comum.
Vive-se mais no último instante. Vive-se, pelo menos. É a última chance.
Sono, muito sono. Certamente são os últimos momentos.
Olhar fixo nas telhas de argila. O teto vai subindo. Sumindo.
E o cheiro do jasmim resiste. Domina as frágeis roseiras.
Faz seu corpo descansar pela última vez.
6 comentários:
Germana.
Não tenho muito o que dizer:
"Nenhuma ponte, nenhuma palavra em comum.
Vive-se mais no último instante. Vive-se, pelo menos. É a última chance."
Apenas que... desta vida... levamos o que somos e não o que temos.
Tu és a pura sensibilidade.
Beijo carinhoso.
meu caro amigo, obrigada.
até pensei em retirar este post, que achei muito, muito triste. Mas você encontrou nele poesia. obrigada!!!!!! me deu força pra continuar. um beijo grande.
Gemana, minha gatchinha!
Desculpe o sumiço, meu chefe anda implicando com meus acessos! HUNF!
Coisa mais profunda essa né?
É delicado sem perder o lado sombrio que é viver algo pela ultima vez... Notável como vc consegue discorrer de forma tão simplista e suave!
Taí! Muito franca? merece beijo de flores!
Minha querida Lady,
Newton deveria ter te conhecido! obrigada pelas flores! são tudo pra mim. não estão ao léu o cheiro do jasmim nem as rosas mesquita. Eu também ando sumida. vou lá no pererecas, leio e não comento. mas estou sempre por perto. beijo grande.
Hoje tem post meu...
Dá uma passadinha lá então!
Tb tenho saudade, gatchinha!
Va la perfumar o brejo.
As meninas te esperam!
Pois é. E parece que a humanidade toda vive o seu último instante. Correria, o tempo se esvai, pouco olhar para a vida e para quem está ao lado... Belos escritos, vizinha. Bjão
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