As mãos estavam atoladas de tinta.
O sorriso nem se continha.
Era involuntário. Sistema parassimpático.
O sorriso nem se continha.
Era involuntário. Sistema parassimpático.
O tempo era acessório, passava despercebido, levado pelo
vento marítimo de Olinda.
Quem vive no mar não percebe o cheiro do salgado, entranhado,
da maresia.
Ali, no clube que tem o nome do oceano, éramos serem marinhos. Sereia e pescador. Marinheiro e Iara.
Ali, no clube que tem o nome do oceano, éramos serem marinhos. Sereia e pescador. Marinheiro e Iara.
A tinta desceu até os pés. Era um baião inocente, amassando
o colorido imenso. O balé impreciso foi lapso para o tempo.
Homenagem à vida, ao Pezão, aos olhos dela.
Ninguém se conhecia, ali. Ninguém disse muito prazer.
O mágico acabou sem uma troca de telefone. Sem dizer adeus.
Se fosse só aquilo, já seria digno de entrar para o mistério da vida.
Mais eis que se passaram 20 anos.
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