sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Carnatal









Eu sempre disse, desde muito cedo. Carnaval é meu natal. 

É quando sinto nas pessoas aquele sentimento de congraçamento que deveria haver no final de ano. é quando qualquer pluma vira uma fantasia imensa, é quando os shoppings se esvaziam e as ruas se enchem, as janelas das casas se abrem.

No natal se enfeitam os prédios. No carnaval, as pessoas. 

Este ano, assim, sem pretensão, minha fantasia se fez. 

O rei momo é o meu papai noel. E ele ontem me deu de presente um bloco inteiro. Uma troça. 

Uma troça de carnaval bateu na minha porta. Bateu na glória. E o meu sonho foi tão sonhado que hoje de manhã os vizinhos estavam me agradecendo pela felicidade que provocamos na rua inteira.

Então, um sonho que se sonha sozinho é só um sonho, como dizia o poeta Pessoa. Mas ontem foi realidade. Sonho sonhado junto. Ou pulado, frevado, delirado...

A troça veio igualzinha como nos meus sonhos. Poesia, mas frevo rasgado. No estandarte, as cores e formas do meu amor. 

Aliás, não existe carnaval sem amor. Muita gente acaba o namoro pra brincar no carnaval. Eu acho que carnaval serve pra celebrar o amor. Nunca gostei de passar carnaval sozinha.

Acho que na vida todo mundo tem que ter um filho, plantar uma árvore e fundar um bloco de carnaval.

Agora sou uma agremiação.


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