Tenho uma alma lusitana, só pode ser.
Que vive entre o mar e
o rio.
Cheiro marinho e ar de mangue.
Minha alma inquieta entre as águas me faz
navegar.
Esta noite foi em sonho.
E era eu.
Em outro lugar.
Em outro lugar.
E era
minha alma em outro corpo.
Mas era eu.
Era a vida platônica saindo das cavernas
e dominando as sombras do que eu nunca fui.
E uma das maiores, mais assustadoras e aterrorizantes era um
perfil alheio.
Não era eu.
Era uma outra pessoa, o mesmo sonho. Era outro cenário, o
mesmo enredo.
A trama que me persegue a vida, que me faz viver e morrer.
Minha alma lusitana é dada a saudades. A nostalgia.
É leal.
E não me assusto ao dizer que como este, já escrevi dezenas.
E os deletei, rasguei, maturei, decorei, reli, como quem quer expurgar um mal,
uma bruxaria.
É isso o que muitas vezes esta ligação me soa.
A alguma coisa tão distante e presente, que bem não pode fazer.
A uma prisão ao passado que insiste em não ruir, mas que tampouco evolui em sua pena.
A alguma coisa tão distante e presente, que bem não pode fazer.
A uma prisão ao passado que insiste em não ruir, mas que tampouco evolui em sua pena.
A tentativa tímida fica entre não atrapalhar a minha
vida e não importunar a alheia.
Meus surtos vem e vão, de forma que em alguns momentos estou até mais em paz.
Meus surtos vem e vão, de forma que em alguns momentos estou até mais em paz.
Esta noite fui acometida mais uma vez.
Mas
não era eu.
Era um disfarce. E eu tentava dizer. Só que eu sequer era vista.
Não precisa invocar Freud.
Nem as sincronicidades de Jung.
Nem as sincronicidades de Jung.
Tudo está explicado e dito.
Minha alma vê o barco da vida seguir em águas cada vez mais
profundas.
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