quinta-feira, 9 de abril de 2015

Feliz saudade







Dizem que o tempo não para. Eu até concordo. Mas às vezes ele volta, às vezes ele para por um segundo no passado. Um ponto onde a felicidade era máxima. Um instante em que se eterniza o amor. Eu tinha seis anos. Ou cinco.... e os dias se contavam pelos papeis coloridos com lápis de cor. E as tardes se esvaiam nas brincadeiras de amarelinha na calçada do vizinho... Seu Joselito.
Às vezes pegava carona na entrega de cimento. A carroça ia pesada, voltava levinha... e Fortaleza passava pelos meus olhos. O imenso quintal do depósito do vovô, onde brincávamos de escritório.
Palavras mágicas até hoje são a chave para este portal: Cochixo, Marilac, depósito Tiradentes, merendar, pão de milho, "senha menina reia"....
E o rádio que contava tudo do mundo.... Só que na verdade o mundo era na Monsenhor Furtado.

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Horizonte

 Pausar.  Simples e necessário! Tempo restaurador. Arrumar as gavetas da cabeça, acariciar a alma, alentar as dores, afagar os prazeres. Fec...