terça-feira, 18 de março de 2008

Eu tenho mais de vinte anos





Mundializando meu pensamento individual, quero uma aldeia não global, um clã sem paredes aparentes. Tento refugar as etiquetas presas nos rostos, nas mãos, nos olhos.
Já tenho mais de trinta. E vou viver outros tantos, talvez
E isso nada tem de novo.
Mais tranqüilidade, menos paciência.
Não importa o que diz o almanaque, nem a TV aberta, nem o jornal de amanhã.
Não somos mais modernos! Os modernos ficaram para trás. Os modernos são os antigos, agora. Suas formas e seu pensamento, substituídos pelo híbrido, ganharam o nome de contemporâneo.
A arte visual que virou música que não tem mais som; o teatro que dá as mãos ao cinema, a fotografia que empresta luz à dança. A arte que é rotina, a rotina que vira obra-prima.
E eu vivo neste mundo, mas não sei decodificar sua linguagem HTML.
E talvez as gerações de depois vão nos chamar de “contemporâneos ultrapassados”.
E outros nomes serão empregados. Palavras antigas, para traduzir comportamentos, atitudes, idéias reformadas e pintadas com novas tintas.
Virão os pós, os ultra, os contra, os super.
Ninguém precisa concordar. Nem entender.
.... E a Semana Santa que não chega!

11 comentários:

Dante Accioly disse...

Eu tenho mais de trinta anos. Tenho idade para ser meu pai.

Leonardo Werneck disse...

Eu tenho 30 anos...

Quando comecei a ler o post achei que era a letra da música "esquadros" da Adriana Calcanhoto.

gostei do blog.

Germana Accioly disse...

= DANTE, você foi no centro da questão!
= Leonardo, o título é uma música, que elis regina canta e a primeira frase e de adriana calcanhoto mesmo. obrigada pela visita!

Dante Accioly disse...

Desculpa, mas não é DANTE.
É DANT(CHX)E.

Princess Deluxxe disse...

gostei dos 'contemporâneos ultrapassados'. muito estilo.
eu tenho quase 30. quase mesmo, faltam poucos meses. confeso q dá um medo de, sei lá... vai ver nem tenho medo. só acho q tenho, pra não fugir da regra.
":)
bjoss

Germana Accioly disse...

= dante, foi isso mesmo que eu quis dizer.
= maíra, obrigada! eu quando fiz trinta, me senti exatamente assim. não mudou nada, mas eu achava que tinha que entrar em crise. acabei entrando! eheheheh
obrigada pela sua visita. um beijo.

Raiana disse...

Daqui a algumas décadas ou mais irão denominar ou classificar uma época com mais um "nome antigo" de acordo com atitudes que nós, estando diretamente inseridos na situação, não conseguimos entender por completo. Esse estudo será feito por gerações que talvez nem venhamos a conhecer e não poderemos sequer questionar. (ou talvez eu venha a conhecer, tenho 17 ainda!)
Estranho, não é?
Adorei o blog, muito muito!
Obrigada pelo comentário! Fiquei muito feliz quando o li! Você me estimulou a continuar investindo no blog!

Antonio Ximenes disse...

Eu tenho cinco anos após os meus trinta.

Esse texto é um dos mais legais que já li.

A realidade deste museu de velhas novidades.

O moderno... realmente está aposentado.

Hoje.

O que existe é uma mão de tinta no que já "foi".

Uma vez perguntaram para um ancião de minha rua... quantos anos ele tinha...
... ele sorriu e respondeu:

- Eu tenho todas as idades até... agora.

Uma abraço forte.

Germana Accioly disse...

= raiana, que bom você retribuir a minha visita! feliz fiquei eu com o seu comentário. é bom encontrar eco quando a gente escreve, né?
= Ximenes, eu também tenho mais cinco do que trinta.... quase seis... e às vezes acho que não me enxergo. que bom você sempre aqui.

Dante Accioly disse...

Eu perdi você de vista!!!!! Volta a escrever aê!!!!!

Germana Accioly disse...

dante, tu me vê todo dia!!!!!

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