terça-feira, 22 de abril de 2008

Identifique-se!!!!



Agora ele tem identidade.
Sua calça jeans, arrastando no chão e quase um palmo abaixo da cintura, abriga um documento plastificado no bolso de trás.
Seus dedos da mão alternam-se. Hora são os ágeis agentes que operam as teclas do computador. Hora, com gestos infantis, montam peças retangulares, edificando seus sonhos de ainda ou quase menino.
Hoje chegaram em casa meio sujos. Não eram rastros de areia. Nem muito menos as marcas de um jogo de futebol.
Eram tinta de carimbo.
Suas digitais pela primeira vez ganharam status oficial.
Estão fichadas.
Entraram pras estatísticas.
Ele ensaia em um papel a assinatura do documento. Rasga com sulcos azuis o papel. Não desenha desta vez seus sonhos com lápis de cor.
Registra o nascimento de um novo civil.
Leva consigo a herança e inicia a busca pela própria existência.
Vai ensaiando levantar vôo. Distâncias pequenas, passos leves.

5 comentários:

Anônimo disse...

ADOREI deve ser o seu filho mais novo. êle é ótimo. Mãe curuja!
Prabéns ta.

Germana Accioly disse...

olá!

é meu filho mais velho. sou mãe coruja mesmo!
obrigada pela visita e volte sempre.

Mack disse...

Nâo queria ter lido esse texto. Queria mesmo era estar olhando o teu olhinho contando essa história pra mim. Deve ter ficado todo emocionada...

Amiga, que saudade...

Tu chega quando, hein?

beijo enorme em todos aí!

Antonio Ximenes disse...

=> Germana: Lembro dia em que sujei pela primeira vez meus dedos naquela tinta de carimbo... rs.

Parabéns !!!

Não tenho filhos... mas imagino que você esteja sentindo aquela sensação estranha... uma mistura de orgulho e um certo medo... afinal de contas o teu menino está ganhando o mundo... de pouquinho em pouquinho... ele tá aprendendo a voar.

Abração forte pra tu.

Germana Accioly disse...

= Mack, diz isso assim não! dá vontade de voar praí. saudade demais, amiga.

= Ximenes, é isso mesmo. tem um liquidificador de sentimentos no meu peito. e isso é somente o começo! novas aventuras virão.

beijos nos dois.

Horizonte

 Pausar.  Simples e necessário! Tempo restaurador. Arrumar as gavetas da cabeça, acariciar a alma, alentar as dores, afagar os prazeres. Fec...