quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

invenção



Inventei um sonho de granito e concreto.
Era um sonho verde, com flores no jardim.
Tinha um cachorro no quintal e meu filho brincando de cavalinho na mangueira carregada.
Inventei um sonho, confesso.
Com passarinhos cantando e um ventinho frio quando a noite caía.
Era um sonho azul, com amigos na varanda.
Tinha ainda música aos domingos.
Inventei e quase acreditei.
E nele havia redes entre as pilastras do alpendre.
Não inventei, contudo, o trator com grandes garras.
Não inventei, juro.
Gritei pro meu menino descer rápido da árvore.
Catei as mangas que pude.
Colhi algumas flores pra levar comigo.
Era ainda tardinha.
Acordei.

4 comentários:

Dante Accioly disse...

Prima,

Os sonhos não envelhecem. Ainda vou espichar o espinhaço na rede de uma varanda como essa. Um beijo grande pros quatro!!!!!

Germana Accioly disse...

Sei disso, meu primo querido.
sonhos são recicláveis. são renováveis.
Sonhar, pra mim, é vital. Já tou sonhando com os próximos.....

Anônimo disse...

Olá...
Estou fazendo um alerta sobre uma fraude aos blogueiros que eu penso serem merecedores de tal...
Para isso, gostaria de divulgá-lo a você também.
Se possível, passem no meu blog para saber do que se trata.
Obrigada.

Leonardo disse...

Os sonhos não envelhecem nunca.


Quanto ao comentário da mocinha acima, o que a inveja não causa? o que não fazem pra obter ibope?rs


beijo

Horizonte

 Pausar.  Simples e necessário! Tempo restaurador. Arrumar as gavetas da cabeça, acariciar a alma, alentar as dores, afagar os prazeres. Fec...