saio pela rua e sinto o cheiro morno da vida. rolam pelas calçadas minhas saudades
e as dos meus conterrâneos.
penso que somente assim se explica o esgoto que insiste em
circular pelas vielas estreitas.
Suporta-se o cheiro insuportável por conta dos sentimentos.
Na mesa do bar central eu encontro poetas apaixonados, cineastas surtados, mulheres encantadas.
São todos peças do meu xadrez. Recito poemas e invejo seu autor. Desejo superá-lo quando os recito.
Mais um copo, por favor....
e a vida se engana.
e eu mando uma mensagem de amor, e eu falo sinceramente do superficial.
sinto-me turista em casa, no telhado colonial que me abriga.
chove no frontal e o central entope de gente. vou junto.
mais um copo, por favor.....
meu tempo passa junto com o dos outros. mas no íntimo acredito que para todos, no íntimo de cada um, o tempo é um referencial inútil.
pra que o tempo quando se busca a vida?
pra que a vida quando o tempo se mostra?
e se mostra, pra quê?????
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
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Horizonte
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2 comentários:
algumas vezes - cada vez mais constantes - me sinto assim, diante do Central. mas meu mal é ainda pior, pois chego a disfarçar e quase me esquivar. medo bobo, eu sei. mas q parece tomar conta de mim.
minha querida.....
tb me esquivei muito. tanto, que agora me deslumbrei como um turista boba..... turista no meu tempo....
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