terça-feira, 17 de maio de 2011

Furto da vida

Provei, na mesma taça, uma bebida amarga e doce.
O agridoce da vida.
Amargo do fim
Doce do recomeço

Fim de quem estava no meio
Recomeço de quem já traçou seu rumo.
Na mesma taça fina e larga, os sabores misturados não estão exatamente em harmonia.

Na minha alegria sincera coube o profundo pesar.
Comemorei a vida a cada gole.
É o cálice de quem compartilha.
Minha taça novamente está vazia.
Provei, tomei, engoli os dois sabores ao mesmo tempo, até a última gota.

Não me furto à vida.

Um comentário:

Edson disse...

Sentir a vida com seus prêmios e castigos. Idéias muito expressivas. Transformação das idéias em ritmos e sons de palavras mantendo a força subjetiva necessária? Muito e muito bom. Parabéns novamente Germana.

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