Tem um texto na ponta da minha cabeça, como se fosse na ponta da língua.
Ele vem, chega, insinua sua presença e depois, engraçadinho, vai embora.
E eu começo: “despertador de sol, levantador de lua”...
E o texto nada me diz.
Apago.
E eu continuo insistindo neste vício de me fazer entender.
“o moço segue pelo caminho denso”.
Palavras escolhidas, lindas...sem sentido. Caminho denso de que?
Floresta Amazônica, talvez..... chão de massapé molhado, mangue...
A conclusão é simples.
Não há nada a dizer. Por isso, nada que escrevo parece ter sentido.
Não é, tampouco, crise de criatividade.
Estou seca. Vazia.
O mundo girando numa velocidade de fórmula 1.
E eu parada, pareço um personagem dos desenhos animados mangai.
Queria palavras dispersas, descuidadas, pequenas, sem compromisso.
Queria imagens que me remetessem a um mundo inventivo.
Estou à beira de mim mesma, prestes a estabelecer contato.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
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2 comentários:
"Queria fazer agora uma canção alegre. Cheia de palavras simples, boas de cantar. Luz de vela, rio, peixo, homem, pedra, mar. Sol, lua, vento, fogo, filho, pai e mãe. Mulher".
Queria ter você o tempo todo junto de mim. Presente assim, tesouro igual, alguns nunca vão tocar.
Bora continuar esta parceria??
beijo!!!
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