terça-feira, 18 de outubro de 2011

sem título 2, 2011

Tem um texto na ponta da minha cabeça, como se fosse na ponta da língua.
Ele vem, chega, insinua sua presença e depois, engraçadinho, vai embora.
E eu começo: “despertador de sol, levantador de lua”...
E o texto nada me diz.
Apago.
E eu continuo insistindo neste vício de me fazer entender.
“o moço segue pelo caminho denso”.
Palavras escolhidas, lindas...sem sentido. Caminho denso de que?
Floresta Amazônica, talvez..... chão de massapé molhado, mangue...
A conclusão é simples.
Não há nada a dizer. Por isso, nada que escrevo parece ter sentido.
Não é, tampouco, crise de criatividade.
Estou seca. Vazia.
O mundo girando numa velocidade de fórmula 1.
E eu parada, pareço um personagem dos desenhos animados mangai.
Queria palavras dispersas, descuidadas, pequenas, sem compromisso.
Queria imagens que me remetessem a um mundo inventivo.
Estou à beira de mim mesma, prestes a estabelecer contato.

2 comentários:

Dante Accioly disse...

"Queria fazer agora uma canção alegre. Cheia de palavras simples, boas de cantar. Luz de vela, rio, peixo, homem, pedra, mar. Sol, lua, vento, fogo, filho, pai e mãe. Mulher".

Germana Accioly disse...

Queria ter você o tempo todo junto de mim. Presente assim, tesouro igual, alguns nunca vão tocar.
Bora continuar esta parceria??

beijo!!!

Horizonte

 Pausar.  Simples e necessário! Tempo restaurador. Arrumar as gavetas da cabeça, acariciar a alma, alentar as dores, afagar os prazeres. Fec...