Esta noite fui ninada pelo pingar da chuva nas telhas da
casa. Da pra perceber ela chegando. Primeiro, no telhado da sala. Depois, nos quartos. Bateu na cozinha e chegou como um toró no quarto dele.
O quarto dos fundos. É o sintoma do despendimento. Ele preferiu o último quartinho, lá longe.
O quarto dos fundos. É o sintoma do despendimento. Ele preferiu o último quartinho, lá longe.
Nunca chove em outubro. Não lembro de, nos últimos 18 anos,
ter chovido no dia 11. Eu decorava o salão de festas, fazia docinhos, inventava
brincadeiras, tudo sem chuva.
Deve ser porque, como disse muito bem dito meu compadre, o
batismo veio do céu. O laço está feito e agora a nossa missão é a vida.
E a chuva continua a fazer música na cerâmica do telhado
quando o sol nasce.
Bom dia, parabéns! Vitamina de banana. Cinco minutos
milagrosos de conversa na mesa do alpendre.Tou atrasado, mãe.Bota a meia.Alisa o
cachorro.
Vai, filho.
Abre-se a porta da sala da frente e vejo a figura de
linguagem em forma de realidade: meu filho sai pela rua, a chuva fina o
acompanha. Eu, da porta, fico observando seu caminhar, seu gingar, seu ser, até
perder de vista.
É. O batismo veio do céu.
É. O batismo veio do céu.
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