terça-feira, 29 de abril de 2014

No Recife

Moro no Recife. 
A cidade do poeta sem rosto. A cidade onde Ascenso foi agredido. 
Moro no Recife. 
A cidade do frevo. A cidade onde o frevo só toca quatro dias no ano...
Recife do saudosismo de Antônio Maria e da minha frustração. 
Moro no Recife. 
A cidade das águas. Por isso mesmo, o esgoto teima na minha porta. Teima e fede. 
Moro no Recife. 
Da ciclofaixa de fim de semana, que ignora os trabalhadores ciclistas.
Dos centros culturais pela metade.
Do Teatro do parque abandonado.
O Capibaribe de testemunha.
O poeta sem rosto é a cara do Recife.

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