Quando a chuva caiu, já foi avisando.
Bateu nos telhados que nem pedra.
As casas estremeceram. Era uma chuva raivosa.
Quando vem assim, tem recado pra dar. Ou tem missão a cumprir. Caiu sobre o Recife escurecendo a tarde.
Esvaziou as ruas. Fez-se o luto.
A água lavava e chorava a cidade.
A tempestade leva e transforma. A vida é um fio.
Antes do rádio e da internet, os ventos já tinham anunciado.
A água levou pros céus um mestre. Um sertanejo. Um forte.
Evaporou seu suspiro final. E mesmo quem jamais leu um livro dele, ou viu uma peça, vestiu nos olhos a tristeza.
A mulher vestida de sol cobriu-se de chuva.
sexta-feira, 25 de julho de 2014
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Um comentário:
Pluie à t'offrir
Aujourd'hui, la pluie était si fine, si ténue, une de ces pluies-femmes car elles sont bonnes pour la terre, que je la voyais à peine et que sa musique douce était à peine audible.
Une pluie de songe.
F
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