A alma anda pesada. Encharcada. Roupa que se lavou e esqueceu de espremer .
A alma pinga, pendurada num desconfortável varal.
Fica ali, suspensa, chorando até secar.
Tudo é o tempo. Tudo é o vento. Tudo é o sol. E o sereno.
Um murmúrio triste ressoa no peito.
Reclama, resmunga.
A lembrança da vida no vidro.
Ambiente estéril, álcool 70%, e o parto frio.
Um beijo final, cena de dor que a alma absorveu.
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