Nas entranhas. Nestes dias de confinamento, quarentena, isolamento social, distanciamento afetivo, ando entrando em contato com minha geografia interna. Os vulcões da psiqué; os vales das lembranças e memórias; os pântanos das crenças. Montanhas e mares. Lagos com monstros, cascatas imensas....
Liberdade pra dentro.
Eu nunca tinha pensado nisso. Liberdade era, até uns 40 dias atrás, poder ir e vir, pensar livremente. Falar o que pensa. Ouvir todos os argumentos com respeito e escuta ativa. Não é retiro espiritual.
Liberdade pra dentro.
Me parecia que o “pra dentro” era limitado.Isolado, talvez. Eu ignorava solenemente a infinidade de possibilidades do ser. A liberdade externa limitava o estar.
Vai entender.... Não desconectei com o mundo lá fora.
Liberdade pra dentro.
Rendeu algumas noites insones. Pra dentro é revolução nada silente. Você fecha a porta de casa e encontra outros caminhos. Mansamente, imensamente e profundamente, eu dei o passo. Sem GPS. Sem placa indicativa. Sem ponto de referência.
Liberdade pra dentro.
E aquela liberdade antiga, quando voltar a existir? Liberdade pra dentro pra aceitar as convicções e o nosso DNA sensorial.
Liberdade pra dentro.
Liberdade total.
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