Sentada no meu quarto
Divagando sobre a vida
Me dou conta que perdi o medo de ser só.
O cenário é tão simplório
Tendo em vista a tomada de consciência
Meu quarto numa sexta-feira à noite, meio chuvosa...
Num apartamento alugado, ainda sem “a minha cara”
Transitória.
Isso não foi assim, num piscar de olhos
Uma natureza lenta me impulsionou
Sinais de mim mesma
Fragmentos esquecidos de sonhos
Displicentemente pelos cantos
Relicários
Quase objetos pré-históricos
Souvenires,
Post its
Cartas
Lembrando quem sou de fato.
Por vezes, me senti repetindo aquela história infantil...
distribuindo migalhas de pão pelo caminho
“ser só” não é “estar”
E digo isso de cátedra
Já fui só.
Uma mulher sozinha está sem ela mesma
Gosto de utilizar a expressão DESINTEIRA
Uma mulher só
Está partida ao meio
Ou em fragmentos.
Tenho vivido a aventura de (re)conhecer-me
Tenho me alegrado comigo mesma
Tenho chegado mais perto
Tenho a mim.
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