Depois da feira orgânica, café da manhã com mulheres queridas. Cada uma com sua história de vida.
A pequena mesa redonda no terraço congraça nossas rotinas.
A chuva caindo como cortina ali pertinho evoca os banhos na infância, as bicas de telha...
Em casa, experimento um momento só meu. Raro.
A cozinha me convida pra um diálogo.
Hoje quero leveza.
Um salmão com gergelim ao forno, ainda molhadinho... Batata doce assada. Na frigideira, cebolinha roxa, cogumelos de Paris e cenoura caramelizados.
Não, não é sobre culinária.
É sobre prazer!
É sobre cozinhar pra si mesma e depois passar um café e comer um quadradinho de chocolate amargo, vendo aquele filme francês.
É sobre sentir devagar a crocância da cenoura, o sabor forte da cebolinha, a maciez do cogumelo e experimentar em cada garfada uma combinação diferente.
É sobre afagar o desejo de viver.
E amar a batata doce assada polvilhada com pimenta do reino.
E sentir o salmão derretendo a cada mordida.
É sobre respeitar seu sábado.
E prolongar a sensação de abraço.
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