O meu quarto de criança tinha pouco de infância. Duas caminhas encostadas nas paredes, um móvel baixinho entre elas. No lado oposto, um guarda -roupa legal.
Eu sonhava em fazer cortinas cor-de-rosa, pintar uma parede...
Tinha poucas bonecas, e as guardo até hoje.
Na parede branca, imensa, uma gravura colorida do Snoopy era,acredito,
a única referência ao mundo infantil.
Por muito tempo acreditei que o meu universo era pobre pela falta de elementos materiais que ilustrassem meus espaços.
Depois de já adulta, compreendi que os meus espaços internos eram vastos. Campos imensos.
No silêncio externo e no barulho do meu imaginário, eu olhava aquela imagem contemplativa. Me identificava com ela. Criança, quietinha, caladinha, olhando pro céu infinito e com um emaranhado de pensamentos e sentimentos em formação, como células que se reproduzem aleatoriamente.
Não é que hoje eu encontro esta imagem na Internet, que me remete ao meu quartinho lá na praia de Pau Amarelo?
Eu sonhava em fazer cortinas cor-de-rosa, pintar uma parede...
Tinha poucas bonecas, e as guardo até hoje.
Na parede branca, imensa, uma gravura colorida do Snoopy era,acredito,
a única referência ao mundo infantil.
Por muito tempo acreditei que o meu universo era pobre pela falta de elementos materiais que ilustrassem meus espaços.
Depois de já adulta, compreendi que os meus espaços internos eram vastos. Campos imensos.
No silêncio externo e no barulho do meu imaginário, eu olhava aquela imagem contemplativa. Me identificava com ela. Criança, quietinha, caladinha, olhando pro céu infinito e com um emaranhado de pensamentos e sentimentos em formação, como células que se reproduzem aleatoriamente.
Não é que hoje eu encontro esta imagem na Internet, que me remete ao meu quartinho lá na praia de Pau Amarelo?
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