quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Declaração


Confesso, declaro para os devidos fins. Estou dependente.
Eu até tentei fugir, resisti, relutei.
Tudo em vão.
Ele me ofereceu pela primeira vez. Tudo foi ele.
Falou que era bom, que eu deveria tentar.
Mais uma vez.
Quando eu me arrisquei, ele me deu força. Disse que era exatamente assim.
Eu não tive culpa. juro.
Entrei nesse mundo sem conhecer nada, sem sequer saber os efeitos futuros.
Aliás, não existem efeitos prévios. Todos são póstumos mesmo.
Aí, a cada vez que eu tento novamente, ele aparece.
Parece que sabe.
E lê as coisas que eu escrevo, quase em primeira mão.
Aliás, acho que ele é o meu único leitor assíduo.
Nome de poeta, conhece tão bem o traçar das letras !!!!
Sem contar que em algum lugar, somos irmãos. Nomes invertidos, desejos díspares, como devem ter os irmãos. Calhou de sermos colegas de profissão. E calhou de eu me apaixonar pelos escritos dele. E, sendo mais velha, me sinto como uma caçula afagada, aprovada a cada recadinho que ele deixa aqui neste meu território.
Não bastasse, meu primeiro fruto tem o mesmo nome dele. Hoje eu sinto tanto, tanto orgulho de chamar meu pequeno e estar ao mesmo tempo, evocando nossa amizade....
E que se revoguem as disposições em contrário.

2 comentários:

Anônimo disse...

Leio mesmo! Mas vou ficar anônimo por aqui para não parecer cabotino!Te amo muito.

Germana Accioly disse...

você não existe mesmo. te adoro!!!!

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