quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Carnaval pelo correio




Amigos, me mandem pelo correio
Um pouquinho de confete e serpentina,
Cheiro de cerveja misturado com batida de limão. Vocês encontram na Praça do Carmo, em Olinda.
Preciso do som de um trompete perdido da orquestra;
Os sons graves e agudos dos chocalhos nas costas do caboclo de lança;
Os raios do sol do sábado de Zé Pereira no dia do Galo da Madrugada, mas quero o sol do meio-dia, tinindo no juízo.
Quero um acorde de vassourinhas;
Quero meu sapato de carnaval cheio de lama, ficando furado no dedão.
Minha fantasia reciclada:
Aquela que usa a saia de bailarina com o corpete de melindrosa
E o chapéu de bruxa de antigos carnavais.
Quero dentro de um envelope
Umas purpurinas colhidas da rua do Bom Jesus
Pode ser da rua da Guia também.....
De Olinda, mandem um queijinho assado pra aplacar minha fome de folia,
E um caldo cana, pra restaurar minhas forças.
Quero, se possível, um fio do estandarte da Pitombeira.
“ Se a turma não saísse não havia carnaval.....”
Aqui já tenho as letras de Capiba,
Minhas lembranças momescas,
Os frevos de Nelson Ferreira....

6 comentários:

Antonio Ximenes disse...

Germana.

Não vivi nada disso... minhas fotografias amareladas retratam outras paragens... outros cheiros e sabores.

Porém.

Divido contigo esse tempero de nostalgia "braba"... essa vontade de receber... mesmo que por carta... um pouquinho dessa folia dos bons e velhos carnavais.

Abraço forte.

Germana Accioly disse...

é, ximemes.

amanhã vai rolar um bloco de carnaval pernambucano aqui.
vou aplacar minha saudade....

Jorgeane disse...

Sem a Cumade não há carnaval. Volto logo para casa.

Beijos e te amo.

Germana Accioly disse...

ai cuma
tou morrendo de saudade.
de tu e do carnaval.

Mack disse...

Imagino a dor da tua saudade, porque sei que o carnaval te emociona tanto quanto a mim.
Domingo teve velha guarda da Mangueira e Arlindo Cruz no Fortim, em Olinda. Riva quis dormir... cansado demais... Eu só queria sambar. Numa decisão dificílima, chamei o taxi e me misturei sozinha aos poucos foliôes que ainda resistiram ao desfile das Virgens. Era sete da noite. Claro que encontrei mil amigos e acabei indo bater no camarote. A noite foi linda! Sambas, amigos, tons conhecidos da alma, a saia rodando no vento, os cabelos pulando mais que os pés!
No carnaval, o pouco já faz feliz, não precisamos de muita coisa. E essa é uma magia que só quem o vive é capaz de entender. Sei que não dá no mesmo, mas te mando as histórias do meu carnaval que, se Deus quiser, será lindo, como devem ser todos...
Acho que vou transformar isso em post... hehehe

Te amo, amiga!

Anônimo disse...

Amiga linda e querida!!!
Queria tanto te ter aqui no carnaval. Quem sabe assim eu usaria aquela tua fantasia de espanhola que não usei ano passado e, junto com Mack, faríamos a farra no Recife Antigo!
Para consolo, só a certeza de que outros tantos virão e, certamente, estaremos juntas em muitos deles!
Saudades!!!
Bjs
Cata

Horizonte

 Pausar.  Simples e necessário! Tempo restaurador. Arrumar as gavetas da cabeça, acariciar a alma, alentar as dores, afagar os prazeres. Fec...