A ladra sou eu.
Tenho roubado meu tempo
Tenho roubado meu tempo
Enganada por ondas de satélite
Envolvida por relações de gelo.
Eu mesma ligo para o seqüestrador do meu tempo.
Tenho a senha, a conexão.
E sou uma refém voluntária,
Sem possibilidade de volta,
Sem resgate para pagar.
Roubo a mim mesma
E o produto deste delito
Olho no olho,
Afeto de filho,
Frase dita em momento impreciso...
É mercadoria sem volta.
Se posso acessar no meu mundo imaginário quantas vezes quiser o momento passado,
Na vida real perco o link.
Não resgato o endereço IP.
O mote passou e não foi gravado, ninguém curtiu.
Visito o site da prisão pra ver se alguém está me vendo.
Estou na sala de estar, sentada na poltrona
alheia à vida real.
Fiquei sem comentário.
Um comentário:
Eu não poderia relatar esse sequestro consentido de forma melhor. Linda! Você é foda!
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