Hoje de manhã o botão de uma das nossas orquídeas do jardim
acordou quase em flor. Olhei para aquele espetáculo da natureza e senti como se
testemunhasse um parto.
O abrir de uma flor é um parto. Lento. Delicado. Invariavelmente
ímpar.
Não deixa de ser lindo. Mas, olhando bem para minha
orquídea, me senti solidária. Ela está prestes a parir. Prestes a explodir em
vida. Vou me deliciar com suas pétalas, me orgulhar que nasceram no meu jardim.
Vou pedir emprestada sua beleza pra mim.
É assim no meu jardim, é assim pela vida afora. Pequenas porções de felicidade vem. Enlatadas, engarrafadas, embrulhadas em sorrisos, escondidas em abraços.
É assim no meu jardim, é assim pela vida afora. Pequenas porções de felicidade vem. Enlatadas, engarrafadas, embrulhadas em sorrisos, escondidas em abraços.
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