domingo, 5 de janeiro de 2014

Gosto de Icapuí

Receitas singelas trazem em seu segredo ingredientes que não existem.
Pelo menos, que não estão à venda, que não podem ser mensurados. Ninguém compra na feira uma xícara de amor.
Ninguém consegue separar uma pitada de gratidão. Estes elementos são incorporados às receitas por inteiro, medida cheia. 
E nunca são demais. 
Amor não faz desandar um bolo. Gratidão jamais embola um pirão.
E quando a receita é de viver, é melhor sentir e conhecer cada sabor.
Meu 2014 começou assim. Ingredientes saborosos, num lugar mágico. Que só existe quando estamos lá.
No meu caldeirão quero jogar o que trouxe comigo. São a base de uma receita coletiva.
Comece por misturar:
A voz da Sol
O olho franco do Magão
O som do negão da loura enchendo a  tarde
O almoço sendo finalizado com a mùsica ao vivo do Manu 
O riso dos Pedros que vinha lá do jogo de uno
Um fio do bigode do Xeu
O olhar doce da Frida (dela eu ainda trouxe comigo, meio escondido, outros lindos souvenires).
Quando esta massa estiver homogênea, lembre de acrescentar ainda:
O olhar confortante da Zan
A mansidão da Érica
A energia da Paulinha
Deixe pegar gosto e salpique, pra finalizar:
Lindos momentos com a Beth, Aline, Rômulo, Fábio, Bel e Marcio.
Lembre dos seus filhos felizes com a brisa forte que dobra a falésia.
Faça uma calda com aquele cheiro que vem do mar.
E você acabou de colocar o Icapuí na sua vida.
Se for consumir, chame o Kirá e o seu violão mágico.
Vai harmonizar perfeitamente.

E não deixe, jamais, de brindar e agradecer por cada momento que viveu.

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